Se você já assistiu a um show do Slipknot, sabe que a banda realmente entrega tudo aquilo que promete em seus discos. Mas é mais impressionante ainda saber que tudo isso é feito ao vivo, sem metrônomo ou automações – e com nove integrantes tocando ao mesmo tempo, vale dizer.
O produtor Ge, conhecido no Instagram como ge.prod, fez um vídeo onde destacou a singularidade da performance ao vivo do grupo de Iowa. No registro, Ge conta que as apresentações da banda não utilizam nenhum tipo de VS (Virtual Sound), recurso comum em shows de grande porte para garantir sincronização entre músicos e efeitos. “É tudo 100% ao vivo. E essas são informações dadas pelo próprio engenheiro de PA da banda”, explicou.
Para comprovar, o produtor decidiu analisar uma performance ao vivo de “People = Shit” no YouTube. Ele mapeou o tempo de cada compasso da música no Pro Tools e encontrou variações impressionantes: trechos que iam de 109 BPM a picos de 136 BPM. “Ou seja, quase 30 BPM de diferença”, disse. Em outro momento, a velocidade mudou de 135 para 112 BPM em apenas dois compassos.
Segundo Ge, essa oscilação não representa falha, mas sim uma escolha estética que dá ainda mais vida à música.
Esse tipo de andamento funciona para o Slipknot. Tem outras músicas que não vai funcionar. Então ter o andamento fixo ou variável é uma questão de linguagem musical. E não existem obrigatoriedades dentro da linguagem musical. Quem vai definir isso vai ser a banda junto com o produtor.
Já nos comentários, os seguidores brincaram que o metrônomo do grupo se chama Eloy Casagrande, baterista brasileiro que se juntou à formação no último ano e é conhecido por sua precisão absurda ao tocar.
Confira o vídeo abaixo!
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Stephanie Hahne
100% ao vivo: como o Slipknot faz um dos shows mais orgânicos do planeta
LR
100% ao vivo: como o Slipknot faz um dos shows mais orgânicos do planeta