Nos últimos anos, o Rock Alternativo tem passado por uma transformação que vai além do som – é também uma mudança de rosto, de atitude e de representatividade.
Tradicionalmente dominado por figuras masculinas e muitas vezes brancas, o gênero começa a se abrir para vozes plurais que desafiam rótulos e trazem novas perspectivas. Nesse novo cenário, artistas mulheres vêm conquistando espaço não apenas como intérpretes, mas como compositoras, produtoras e visionárias sonoras.
Essa renovação é também uma resposta à necessidade de ruptura com os padrões estéticos e temáticos que já soavam cansados. As mulheres do novo Rock trazem vivências diversas, de ancestralidades distintas, influências híbridas e discursos potentes, sempre com uma sonoridade impulsionada pelo experimentalismo.
Mais do que ocupar um espaço já existente, essas artistas estão moldando novos caminhos e se tornando a verdadeira cara do Rock Alternativo atual. Selecionamos aqui cinco nomes que simbolizam esse momento de virada e que você precisa conhecer!
5 mulheres que mostram que a nova cara do Indie Rock é feminina
1. Ecca Vandal
Com uma sonoridade que mistura punk, hip-hop, eletrônico e rock alternativo, Ecca Vandal desafia qualquer categorização fácil. Filha de imigrantes do Sri Lanka e baseada na Austrália, ela usa sua arte para questionar estereótipos culturais e de gênero, além de expor sua vivência como mulher racializada no cenário musical.
Seu álbum homônimo lançado em 2017 é um turbilhão de energia, atitude e crítica social, e os lançamentos mais recentes provam que ela está cada vez mais disposta a confrontar e se reinventar.
2. Rachel Chinouriri
Nascida em Londres com raízes zimbabuanas, Rachel Chinouriri é uma das vozes mais sensíveis e cativantes da nova cena britânica. Com composições confessionais e produções refinadas, ela mescla elementos de bedroom pop com guitarras melódicas e vocais delicados.
Seu trabalho toca temas como saúde mental, amor e identidade racial, sempre com lirismo e autenticidade, representando uma geração que encontra beleza na vulnerabilidade e força na honestidade.
3. Snail Mail
O projeto solo da norte-americana Lindsey Jordan começou com guitarras lo-fi e letras angustiadas sobre o amadurecimento. Com o tempo, Snail Mail amadureceu junto com sua criadora, trazendo arranjos mais elaborados e uma abordagem mais madura sobre os altos e baixos da vida emocional.
Seu álbum Valentine (2021) solidificou sua posição como uma das principais vozes femininas do Rock Alternativo contemporâneo, explorando o amor e o desamor com uma sinceridade cortante.
4. Arlo Parks
Poética e com um pé na soul music, Arlo Parks não é Rock Alternativo no sentido mais tradicional, mas sua inclusão aqui é essencial. Ela representa o cruzamento de influências que define o som alternativo, e seu álbum de estreia, Collapsed in Sunbeams, venceu o Mercury Prize e trouxe um sopro de sensibilidade e empatia ao cenário musical.
Com letras que abordam saúde mental, identidade queer e empatia, Arlo mostra que o Rock Alternativo de hoje também é espaço para cuidado e escuta.
5. Miya Folick
Miya Folick mistura vocais poderosos com experimentações eletrônicas e uma pegada Rock intensa. Sua música transita entre o dramático e o introspectivo, criando paisagens sonoras que acompanham sua busca por identidade e significado.
De origem japonesa e russa, ela traz para o Rock Alternativo um olhar único e multicultural, desafiando normas de imagem e performance femininas com uma presença de palco feroz.
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Felipe Ernani
5 mulheres que mostram que a nova cara do Rock Alternativo é feminina
LR
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